Melancia sobre campanha polêmica: ‘Usamos a bunda por uma boa causa’


"Machista", "depreciativa", "incentivadora do turismo sexual"... Esses são alguns dos adjetivos que a campanha “Bunda de cigarro é lixo”, do movimento “Rio eu amo, eu cuido”, recebeu ao ser lançada no último fim de semana.


polêmica campanha chama a famosa guimba de cigarro - aquelas pontinhas descartadas pelos fumantes - de "bunda do cigarro", e usa frases como "ninguém gosta de bunda caída" ou "Tem bunda que não é preferência de ninguém".

Ouça o jingle da campanha aqui

Os cartazes, ilustrados com fotos do bumbum da funkeira Andressa Soares, a Mulher Melancia, viraram assunto nas redes sociais. Para muitos internautas, a campanha é sexista. E, segundo nota publicada no site da Rede Globo, alguns já até registraram denúncia contra a campanha no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, o Conar.

O movimento feminista Marcha Mundial das Mulheres do Rio de Janeiro também divulgou nota de repúdio à campanha: "Não somos à favor da poluição do espaço público. Somos absolutamente contra a utilização da imagem do corpo das mulheres de forma humilhante e depreciativa para se atingir a qualquer objetivo. A campanha que supostamente pretende promover uma “conscientização” ambiental reproduz de maneira violenta a lógica de mercantilização dos nossos corpos, fazendo uma ligação estúpida, machista e quase incompreensível entre o corpo da mulher e a guimba do cigarro", diz a nota.

Para garota-propaganda da campanha, Andressa Soares - dona de um dos maiores "derrières" do Brasil, com 121cm -, a polêmica não tem razão de ser e a publicidade foi mal interpretada. Em bate papo com o EGO, ela defende a campanha e garante: "Pela primeira vez, a gente usou a imagem de uma bunda para uma boa ação, por uma causa nobre". Confira a entrevista:

Você imaginou que a campanha pudesse criar polêmica?
Sim. Claro. Era para chamar a atenção para o problema das guimbas de cigarro no chão. É uma campanha que nasceu para causar. Mas era para causar alguma reação em quem joga guimba no chão automaticamente e nem percebe o mal que está fazendo. A intenção sempre foi essa. A causa sempre foi nobre. Mas, logo a guimba no chão, que era para ter sido o assunto principal, acabou ficando em segundo plano. Pena.

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